
terça-feira, 3 de julho de 2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
papel em branco




(não) siga o mestre.....



subjetividadesesparçasdesukitabacana
3ª abordagem: fui lanchar no café por que estava com fome. Li e reli a poesia várias vezes; a atendente conteve sua curiosidade, mas me olhava com estranhesa o tempo todo.
4ª abordagem: quando voltei do lanche, o primeiro homem que tinha abordado - o do cachorrinho - me chamou e me convidou para almoçar. Expliquei que era uma atriz fazendo um exercício. Fui sentar ao lado de um estudante e comecei a ler a poesia; ele não teve dúvida: se levantou e saiu com cara de pensava: o que será que ela tomou???
última abordagem: parei de costas para duas mulheres e comecei a ler, elas riram e se afastarm de mim, sentei no ponto de ônibus e comecei a ler novamente; de repente surgiu um rumor entre as pessoas de que havia um rapaz me fotografando, sem pensar muito me virei e assim que vi o tal rapaz tirei o sapato e joguei nele, dei-le uma sapatada em cheio - quase acerto na máquina - onde ja se viu? ficar fotografando os outros assim .....
Primeiros OLHARES de Priscila de Souza
Observei um senhor que estava na minha frente e ele ficava nos olhando e tentando descobrir o que nós fazíamos e reparava em todos e suas reações.
Senti cheiro de folhas e um leve vento tocando em nós.
Quando estávamos trocando de lugar uma senhora perguntou para cada um que estávamos fazendo, mas o exercício era o silêncio e com certeza não respondi e ela ficou nervosa e disse – Isso é uma palhaçada – e percebi que é legal as reações das pessoas.
Outro fato, foi um homem que ficava me fazendo várias perguntas – O que vocês estão fazendo, vocês fazem teatro ou participam de algum grupo, você não vai responder, mocinha estou falando com você – essas foram as perguntas e com o passar dos segundos ou minutos percebi ele levantar e por um instante fiquei com medo.
Mas adorei passar por esta fantástica experiência e acredito que pude aprender coisas novas e interessantes
2º Encontro 04/04/07
Abordando as pessoas: você viu o zé?
1ª pessoa: Foi uma mulher e um homem
Local: uma lanchonete branca
Eles tentaram me ajudar e até falaram que tinha um homem parecido com o zé mas ele não podia ser, pois era + velho e baixo, eles foram legais e falaram que se passasse por ali, pediria pra esperar.
2ª Pessoa: 2 homens
Local: estacionamento de carro.
Cheguei perguntando se eles viram o zé eles na verdade tentaram me ajudar, mas também me chavecando. Disse a eles que fui no orelhão e deixei meu material com meu amigo, mas na verdade eles não viram.
Quando fui abordar outra pessoa o transito não me deixou prosseguir, pois os carros não terminavam
3ª pessoa: muitas pessoas (+ou- 6)
Local: ponto de ônibus
Perguntei a todos se eles viram o zé, mas eles não sabiam me responder, mas uam senhora me mostrou e disse que aquele homem tinha chegado antes e ele podia me ajuda, mas então ninguém sabia e agradeci a todos e fui embora
4ª pessoa: homem da Endec
Local: esquina da prefeitura
Ele disse que não viu ninguém ali a 25 minutos, mas na verdade ele não podia conversar muito comigo porque estava olhando os carros.
5ª pessoa:1 homem
Local: loja de roupas
O homem me atendeu bem rápido, pois estava no telefone, ele me ouviu e disse que não passou nenhum zé por ali.
6ª pessoa: 2 mulheres
Local:loja de biquíni
A primeira disse que ali não passou ninguém ainda e que eu era a primeira, mas ela perguntou para a amiga e a outra também disse que não apareceu nenhum zé, só que eu disse que combinei com o zé de comprar biquínis.
7ª pessoa: 1 mulher grávida
Local loja de consertos (eletrodoméstico)
A moça disse que ali não trabalha nenhum zé, e o problema foi que eu tive que ir logo embora pois ela começou a ficar nervosa com minhas perguntas e quis logo terminar minhas perguntas e sair dali e perguntei se havia algum zé por ali e ela me mostrou.
8ª pessoa: 1 senhor
Local: entrada de um prédio (praça)
Quando cheguei, vi um canteiro dos dois lados de flores e grama bem verde e o prédio era alto.
O senhor não sabia me dizer se ali passou ou esteve um homem da minha descrição e cheguei chorando e nervosa e percebi que ele começou a se preocupar comigo e ficar nervoso, então terminei meu assunto para não mais assusta-lo.
3º encontro 09/04/07
Foi engraçado e meio difícil de rir de uma coisa que não esta acontecendo ou rir de alguém sem ter motivo de rir.
Mas o primeiro exercício foi legal e + dinâmico tirando as 2 X que eu quase cai
Já o 2º banco foi meio estranho, pois no começo nos entrosamos e no meio ficamos perdidos
No rir: o pessoal olhava, qd passei perto dos policiais eles se assustaram, mas depois viram que eram pessoas rindo.
Foi engraçado qd fomos subir na calçado e ñ sei se o Ro quase bateu no posto, eu cai e torci meu pé e bati a mão na perna do Leo e a Tati me segurou e riu.
Começamos a rir na loteria, eles só olhavam e um homem ficou olhando, já sem paciência a mulher ficou reclamando.
E quando um homem contracenou com nós foi engraçado, já eu pensei que era verdade.
ATUALIZAÇÃO!!!!!!
Outros olhares de Tati Gonçalves:
3º DIA - 09 de abril de 2007
Espoleta
Ela grita ri, grito alto e riso desbragado: um riso que não acaba mais, que não é sorriso é gargalhada, quase perde o fôlego. A causa – cócegas, brincadeiras – não importa: tem agudos inimagináveis uma alegria sem pé nem cabeça... (Décio Mello)
E foi assim oneste dia rimos de tudo, eu ri da reisada da Priscila da moça empinada no salto alto, ri do grito de "queima Jesus" ri dos curiosos olhares das expressões que diziam "É melhor não contrariar". Senti calor ri de quem interagiu e de quem não gostou, ri pra todos ri para o ônibus da sanasa, ri pro casal na moto, ri dos barulhos dos carros, dos passos, das conversas, do carro de policia e do homem de blusa azul, ri de tudo mesmo principalmente das risadas inclusive das forçadas como a minha, no final como minha boca doía bem que dizem tudo em excesso faz mal! Antes de rir deixei um pouco de pensar e reagi, reagi ao espaço da praça Carlos Gomes e aos movimentos da Pri, do Rômulo e do Leandro.
4º DIA - 11 de Abril de 2007
Hoje me espreguicei até o céu L-E-N-T-A E S-U-A-V-E-M-E-N-T-E, falamos sobre a parte de todos os não pode! Rsrsrs – Fui me relacionar com a parede um relacionamento nada concreto e muito abstrato, brinquei de incomodar o sono do outro, me perdi, me achei, sentei! E Maxixe do Guilherme de Almeida ganhou dois novos ouvintes . E em um abraço muito forte na Sukyta fechei o ciclo.
5º DIA - 16 de Abril de 2007
TEMPO, ESPAÇO, VELOCIDADE
Hoje fui pra rua observar o espaço, ouvir conversas, quer dizer conversas não, fui ouvir pedaços de histórias e ouvi:
" - Aquele menino lá, do Carlos Gomes, pois é ele robou um salgado
- Nossa como pode
- È menina nem acreditei!"
- Putz, pra onde estamos indo
- Ai! Passei o lugar!"
"- Ê Camila hein!!!
- Ai gente eu tava seguindo vocês!"
"- Vou comprar um fósforo
- Não mãe, compra um ovo de páscoa!
- Que ovo de Páscoa menina, a páscoa já acabou, que que é isso comeu um monte de ovo de páscoa e ainda fica aí enchendo o saco!"
– mas agente não ia pra 13 de maio, não é pra lá?
- Não, agente desce por aqui e sobe pelos camelo!"
"Você viu? ele quase me levou, é um absurdo agente nem pode andar na rua direito
É tem que pensar muito e estar com muita paciência."
Existe muita coisa em Campinas que me incomoda e são estranhas:
*O som ligado alto com uma cantora de voz estridente me incomoda
* Mas uma das coisas nesta minha observação que me foi estranho e incomodo foi a maneira como as pessoas tratam os panfleteiros, que que custa pegar a porcaria do papelzinho? Será q não entendem que aquele é um trabalho como outro qualquer? Será que não da pra perceber que aquela pessoa só vai sair dali se acabarem com aqueles maledetos papelzinhos? È F*!
Eu pego todos os papelzinhos q me oferecem mesmo q eu não leia e jogue na primeira lixeira que encontrar e você????
sábado, 7 de abril de 2007
os primeiros olhares de Tati Gonçalves*
1º DIA – Segunda feira dia 02 de Abril de 2007
Que estranho fui pra rua e fiquei parada... Tava muito curiosa pra saber como seria e se encontrasse alguém conhecido? Eu não ia poder falar! Aiaiai não queria encontrar ninguém a não ser os desconhecidos.... Lá as linhas de raciocínios me divertiam – O que ta acontecendo aíííí??? – Que que é isso é teatro??? – Fica aí meu que já já você entende! - Não to entendendo nada! Só sei que aquela ruiva ali é muito gostosa!
Senti o vento vi as pessoas passarem sem me notar... invisível??? Não... alguém me viu e ficou curioso para saber o q estava acontecendo. Quando uma senhora se assustou com um de nós deu vontade de rir, não segurei ri e contagiei os outros... uma sensação boa fazia parte de mim, mas quando o mundo se escondeu... Quando não pude mais ver o que estava acontecendo tive medo, me agoniei e quando pude ver tudo de novo senti um grande alivio.
2º DIA – Dia 04 de Abril de 2007
Você viu o Zé? Putz... ele marcou comigo aqui e não apareceu...que estranho ninguém viu o Zé...de boné vermelho baixinho...
A senhora viu o Zé???...Calma, calma senhora é só o Zé... não é nada feio não só me responde se viu o Zé...ta bom, ta bom...obrigada assim mesmo ta?!
Oi você viu o Zé? Não precisa se afastar não... só to perguntando se a senhora viu o Zé, calma eu vi que a senhora esta grávida, mas eu não vou te fazer nenhum mal só estou procurando o Zé...
Em meio às barulhos de carros, conversas, passos apressados, um cheiro de incenso me invadiu e nada de encontrar o Zé... no Largo do Rosário duas senhoras estavam sentadas na praça...elas deviam saber, afinal já estavam ali a algum tempo...
Oi da licença... Vocês viram o Zé???– E o sotaque gaúcho me respondeu - Não vi não... mas se tu marcou com ele aqui espera que ele aparece – Mas já estou rodando por aqui faz tempo e ele não apareceu!
Se encontra-lo, por favor, diga que estou procurando...
*enviado por email.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Você viu o Zé?????

Hoje ficamos a maior parte do tempo dentro da sala de trabalho no Centro Cultural Carlos Gomes, começei passando os Vídeos dos Saudáveis Subversivos para o grupo ver. Assitimos o "Em branco" e o "Estranho, um cara comum".
Depois fomos trabalhar os corpinhos....
Primeiro, pedi que eles empurrassem o chão enquanto observavam a própria respiração (primeiro deitados de costas e depois em outras posições), de certa forma, a 'resposta' ao exercício foi discreta, pequena e sem muito fluxo, há muito o que se ganhar na relação Corpo e Espaço. Depois trabalhei um exercício que aprendi com a Cris Steves (Sp) na oficina de View Points, um treinamento muito interessante para se tratar de uma forma mais palpável a questão da "presença" e de "estar em resposta", que são aspectos centrais do trabalho do ator. E foi um bom começo.
A Ação de hoje foi
Procurar o Zé.
No nosso jogo, cada um cria seu próprio Zé e sai pelas ruas a sua procura, abordando as pessoas que passam ou as dos estabelecimentos comerciais. O motivo da busca pelo Zé tb é criado por cada participante.
Enquanto eu explicava a proposta, a reação do grupo foi de animação total (mesmo sendo disfarçada em receio, ou impossibilidade projetada), menos Dona Nivalda, uma senhora muito simpática que apareceu hj e neste momento decidiu sair da 'oficina':
"não gosto de abordar as pesoas, ja fui vendedora, mas não gosto, fico incomodada..."
Ainda conversamos um pouco com ela para ver se ela pelo menos iria andar pelas ruas, sem abordar ninguém, que não precisava sair da oficina por conta disto, mas ela preferiu dizer que estava saindo mesmo....
Mas, os outros estavam ansiosos para sair a procura do Zé.
e assim, foram pelas ruas.

Isiely, Rômulo, Priscila, Tatiana e Nivalda.
Área de atuação:

divulgAÇÃO do OLHO na UNICAMP

terça-feira, 3 de abril de 2007
DÚVIDAS QUENTES AO VENTO.

Enfim, começamos!
Depois de muitos dias de espera, finalmente chegou a hora de conhecer as pessoas e começar a atuAÇÃO. Quando cheguei no Espaço Cultural Carlos Gomes, as oito e dez da manhã, em conversa com a Nara (ZADA PRODUÇÔES - responsável pelo espaço e parceira do projeto) ainda houve uma cogitação de adiamento ja que o número de inscritos não era muito grande (apenas seis pessoas) e o material de divulgação oficial das Oficinas ainda não tinha chegado, mas por fim decidimos que o melhor era começar.
O projeto prevê uma continuidade nas Ações realizadas durante estes próximos dois meses, mas como cada encontro vale por si e como cada participante pode se colocar a seu modo dentro dele, não há problemas que novas pessoas surjam.
Trabalha-se na perspectiva de que tudo está em fluxo coletivo, mesmo correndo alguns riscos por esta decisão.
As inscrições continuam abertas, os interessados podem ir se envolvendo ao longo do caminho e serão sempre bem vindos.

No decorrer da Ação foram surgindo novas possibilidades, geradas pelos estímulos que nos cercavam; começamos a trocar de lugar, indo sentar na cadeira de outro, fazendo com este tivesse que sair e tb ir atrás de outra cadeira para sentar. Aos poucos 'sentar' passou a ser uma ação diferente do que simplesmente colocar a bunda na cadeira e também gerou-se um jogo entre os caminhos, os trajetos de deslocamentos entre uma cadeira e outra.
O ritmo das ações, inclusive, também mudou, tendo começado no quase estático indo para uma dinâmica mais acelerada durante a Ação. Algumas pessoas que passavam pelo espaço começaram a parar para olhar o que estava acontecendo, chegando a abordar os alguns participantes do projeto com questionamentos típicos de quem quer 'entender' o que acontece...

Por fim, voltamos cada um para uma cadeira e ficamos mais um tempo 'apenas olhando' ao redor.
Em mim, esta segunda "sentada" foi completamente diferente da primeira, senti uma conexão maior entre os elementos (corpos e espaço) depois do que ja havia acontecido.
domingo, 1 de abril de 2007
segunda-feira, 26 de março de 2007
como ( /) olho (/) a arte
quinta-feira, 22 de março de 2007
olho, alma e agradecimento nunca é demais....

só os amigos podem salvar!!!
Cartaz de divulgação do projeto, feito pela agilidade e carinho da fofógrafa alagoana Renata Voss.
terça-feira, 20 de março de 2007
e o olho estranhou....
o convite está feito!!
agora é esperar a função começar...