quinta-feira, 21 de junho de 2007

papel em branco

dia 5 de junho de 2007:








o que há num papel em branco? o que pode esconder o vazio de um pequeno pedaço de papel em branco entregue no meio da rua?
- falha na impressão?
em qual impressão? na do papel ou na minha impressão sobre as coisas do mundo? volto e pergunto, volto e tento enteder, olho de novo, mais uma vez e nada... só um papel em branco.
- eles estão divulgando o que?
até que ponto estamos condicionados? Nem percebemos que só há o branco, estendemos o braço enquanto mais um passo a frente, a frente,
-to apressado, desculpe....
nossos olhos estão abertos?
significação,
o desejo de entender,
de fazer valer a capacidade de raciocínio.
-penso, logo, logo, logo.... isto tem que significar alguma coisa, por favor me digam o que isto significa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
tudo tem uma função? um por que?
mas,
o que há num papel em branco?
-algum cheiro?
- é paz?
- é macumba! não pega não que é mandinga!!!
e os pedaços de papel se vão
pelas ruas cheias de dúvidas e inquietações,
entre sorrisos e palavrões
entre claros e escuros,
altos e baixos;
os papéis em pedaços.





(não) siga o mestre.....

dia 04 de junho:
todos de preto, andar em fila pelas ruas do centro da cidade, quem vai na frente cria o caminho, a trajetória, a brincadeira, a dança, a pausa, o risco, traço, linha, reta, curva, volta, contorno, ponto, poste, esquina, pedra, chão,,,,,
mas há a REVOLUÇÃO e a ordem pode virar CAOS,quem está na frente pode ser surpreendido e um novo alguém guia o grupo, em jogo, sempre em jogo, em
atenção,
conexão,
reflexão,
observação,
relação
ação
ação
ação




uma roda na praça em plena luz do dia gira os desejos, espanta os distraídos e diverte os bêbados e desocupados. A dança, revela o encontro de fugitivos num lugar secreto forjado por traços brancos no chão cheio de passos apressados.
"eu achei que podia" disse ele, depois de tudo, ja quando a brincadeira havia terminado, explicando por que decidiu se juntar ao grupo.
e podia mesmo; tanto, que assim o fez e ficou com a gente quase todo o tempo.
Seguiu, guiou, pulou e até fez todo mundo ver o mundo de cabeça pra baixo.

subjetividadesesparçasdesukitabacana

dores contida
deixa a parede calada
deixa essa vontade
de não fazer nada fluir
me forçar a sair do silêncio
a desenbrulhar o lenço
onde escondi o amor
que nunca conheci
portanto
deixa a parede calada
rasga este frente estéril
e nota que dele caem
lenços e lenços
que escondem
todo amor desse mundo.
11:08
é preciso despoetizar a lógica para compreender a vida (?!?!?!).
Os homens não usam mais cavalos para carregarem sua carroças, carregam eles próprios suas carroças de luxo.
depis deste cafezinho, eu não fico sem cigarro de jeito nehum...
a gente pega o 00 e vai pro mundo novo.
sorte delas.
o silêncio e lentidão causam espanto.
No castelo tingido em vermelho quanto remédio se compra; remédios que não lhes curam a dor maior.
quando se planeja a próxima conta?
e quanta pressa para voltar ao lugar onde nunca se devia ter entrado.
isto pira um milhão de universos em não sei quanto tempo
ela seguia com o coração
só mais meia hora,
talvez.



1ª abordagem: brinquei um cachorrinho e aproveitei e sentei ao lado do dono do cachorrro. Falei a poesia pra ele - ele de costas para mim. Li a segunda poesia e ele disse que só servia pra limpar a bunda.


2ª abordagem: li a poesia para uma senhora sentada num banco, eu disse que tinha achado o rolo de pepel higiênico no chão. Fiquei lendo de cima pra baixo e de baixo pra cima enquanto perguntava a senhora como ela achava melhor.


3ª abordagem: fui lanchar no café por que estava com fome. Li e reli a poesia várias vezes; a atendente conteve sua curiosidade, mas me olhava com estranhesa o tempo todo.


4ª abordagem: quando voltei do lanche, o primeiro homem que tinha abordado - o do cachorrinho - me chamou e me convidou para almoçar. Expliquei que era uma atriz fazendo um exercício. Fui sentar ao lado de um estudante e comecei a ler a poesia; ele não teve dúvida: se levantou e saiu com cara de pensava: o que será que ela tomou???


última abordagem: parei de costas para duas mulheres e comecei a ler, elas riram e se afastarm de mim, sentei no ponto de ônibus e comecei a ler novamente; de repente surgiu um rumor entre as pessoas de que havia um rapaz me fotografando, sem pensar muito me virei e assim que vi o tal rapaz tirei o sapato e joguei nele, dei-le uma sapatada em cheio - quase acerto na máquina - onde ja se viu? ficar fotografando os outros assim .....


Primeiros OLHARES de Priscila de Souza

1º Encontro 02/04/07

Observei um senhor que estava na minha frente e ele ficava nos olhando e tentando descobrir o que nós fazíamos e reparava em todos e suas reações.
Senti cheiro de folhas e um leve vento tocando em nós.
Quando estávamos trocando de lugar uma senhora perguntou para cada um que estávamos fazendo, mas o exercício era o silêncio e com certeza não respondi e ela ficou nervosa e disse – Isso é uma palhaçada – e percebi que é legal as reações das pessoas.
Outro fato, foi um homem que ficava me fazendo várias perguntas – O que vocês estão fazendo, vocês fazem teatro ou participam de algum grupo, você não vai responder, mocinha estou falando com você – essas foram as perguntas e com o passar dos segundos ou minutos percebi ele levantar e por um instante fiquei com medo.
Mas adorei passar por esta fantástica experiência e acredito que pude aprender coisas novas e interessantes

2º Encontro 04/04/07

Abordando as pessoas: você viu o zé?

1ª pessoa: Foi uma mulher e um homem
Local: uma lanchonete branca

Eles tentaram me ajudar e até falaram que tinha um homem parecido com o zé mas ele não podia ser, pois era + velho e baixo, eles foram legais e falaram que se passasse por ali, pediria pra esperar.


2ª Pessoa: 2 homens
Local: estacionamento de carro.

Cheguei perguntando se eles viram o zé eles na verdade tentaram me ajudar, mas também me chavecando. Disse a eles que fui no orelhão e deixei meu material com meu amigo, mas na verdade eles não viram.
Quando fui abordar outra pessoa o transito não me deixou prosseguir, pois os carros não terminavam


3ª pessoa: muitas pessoas (+ou- 6)
Local: ponto de ônibus

Perguntei a todos se eles viram o zé, mas eles não sabiam me responder, mas uam senhora me mostrou e disse que aquele homem tinha chegado antes e ele podia me ajuda, mas então ninguém sabia e agradeci a todos e fui embora

4ª pessoa: homem da Endec
Local: esquina da prefeitura

Ele disse que não viu ninguém ali a 25 minutos, mas na verdade ele não podia conversar muito comigo porque estava olhando os carros.

5ª pessoa:1 homem
Local: loja de roupas

O homem me atendeu bem rápido, pois estava no telefone, ele me ouviu e disse que não passou nenhum zé por ali.

6ª pessoa: 2 mulheres
Local:loja de biquíni

A primeira disse que ali não passou ninguém ainda e que eu era a primeira, mas ela perguntou para a amiga e a outra também disse que não apareceu nenhum zé, só que eu disse que combinei com o zé de comprar biquínis.

7ª pessoa: 1 mulher grávida
Local loja de consertos (eletrodoméstico)

A moça disse que ali não trabalha nenhum zé, e o problema foi que eu tive que ir logo embora pois ela começou a ficar nervosa com minhas perguntas e quis logo terminar minhas perguntas e sair dali e perguntei se havia algum zé por ali e ela me mostrou.

8ª pessoa: 1 senhor
Local: entrada de um prédio (praça)

Quando cheguei, vi um canteiro dos dois lados de flores e grama bem verde e o prédio era alto.
O senhor não sabia me dizer se ali passou ou esteve um homem da minha descrição e cheguei chorando e nervosa e percebi que ele começou a se preocupar comigo e ficar nervoso, então terminei meu assunto para não mais assusta-lo.


3º encontro 09/04/07

Foi engraçado e meio difícil de rir de uma coisa que não esta acontecendo ou rir de alguém sem ter motivo de rir.
Mas o primeiro exercício foi legal e + dinâmico tirando as 2 X que eu quase cai
Já o 2º banco foi meio estranho, pois no começo nos entrosamos e no meio ficamos perdidos
No rir: o pessoal olhava, qd passei perto dos policiais eles se assustaram, mas depois viram que eram pessoas rindo.
Foi engraçado qd fomos subir na calçado e ñ sei se o Ro quase bateu no posto, eu cai e torci meu pé e bati a mão na perna do Leo e a Tati me segurou e riu.
Começamos a rir na loteria, eles só olhavam e um homem ficou olhando, já sem paciência a mulher ficou reclamando.
E quando um homem contracenou com nós foi engraçado, já eu pensei que era verdade.

ATUALIZAÇÃO!!!!!!

POR MOTIVOS MAIORES,
NOSSO BLOG FICOU SEM POSTAGENS POR UM BOM TEMPO....
- COMO QUEM PISCA O OLHO E FICA NO ESCURO POR SEGUNDOS -
AGORA, VOLTAREMOS NO TEMPO, PARA ATUALIZAR NOSSA TRAJETÓRIA:

Outros olhares de Tati Gonçalves:

3º DIA - 09 de abril de 2007

Espoleta

Ela grita ri, grito alto e riso desbragado: um riso que não acaba mais, que não é sorriso é gargalhada, quase perde o fôlego. A causa – cócegas, brincadeiras – não importa: tem agudos inimagináveis uma alegria sem pé nem cabeça... (Décio Mello)

E foi assim oneste dia rimos de tudo, eu ri da reisada da Priscila da moça empinada no salto alto, ri do grito de "queima Jesus" ri dos curiosos olhares das expressões que diziam "É melhor não contrariar". Senti calor ri de quem interagiu e de quem não gostou, ri pra todos ri para o ônibus da sanasa, ri pro casal na moto, ri dos barulhos dos carros, dos passos, das conversas, do carro de policia e do homem de blusa azul, ri de tudo mesmo principalmente das risadas inclusive das forçadas como a minha, no final como minha boca doía bem que dizem tudo em excesso faz mal! Antes de rir deixei um pouco de pensar e reagi, reagi ao espaço da praça Carlos Gomes e aos movimentos da Pri, do Rômulo e do Leandro.

4º DIA - 11 de Abril de 2007

Hoje me espreguicei até o céu L-E-N-T-A E S-U-A-V-E-M-E-N-T-E, falamos sobre a parte de todos os não pode! Rsrsrs – Fui me relacionar com a parede um relacionamento nada concreto e muito abstrato, brinquei de incomodar o sono do outro, me perdi, me achei, sentei! E Maxixe do Guilherme de Almeida ganhou dois novos ouvintes . E em um abraço muito forte na Sukyta fechei o ciclo.


5º DIA - 16 de Abril de 2007

TEMPO, ESPAÇO, VELOCIDADE

Hoje fui pra rua observar o espaço, ouvir conversas, quer dizer conversas não, fui ouvir pedaços de histórias e ouvi:


" - Aquele menino lá, do Carlos Gomes, pois é ele robou um salgado
- Nossa como pode
- È menina nem acreditei!"
- Putz, pra onde estamos indo
- Ai! Passei o lugar!"


"- Ê Camila hein!!!
- Ai gente eu tava seguindo vocês!"



"- Vou comprar um fósforo
- Não mãe, compra um ovo de páscoa!
- Que ovo de Páscoa menina, a páscoa já acabou, que que é isso comeu um monte de ovo de páscoa e ainda fica aí enchendo o saco!"

– mas agente não ia pra 13 de maio, não é pra lá?
- Não, agente desce por aqui e sobe pelos camelo!"


"Você viu? ele quase me levou, é um absurdo agente nem pode andar na rua direito
É tem que pensar muito e estar com muita paciência."


Existe muita coisa em Campinas que me incomoda e são estranhas:

*O som ligado alto com uma cantora de voz estridente me incomoda

* Mas uma das coisas nesta minha observação que me foi estranho e incomodo foi a maneira como as pessoas tratam os panfleteiros, que que custa pegar a porcaria do papelzinho? Será q não entendem que aquele é um trabalho como outro qualquer? Será que não da pra perceber que aquela pessoa só vai sair dali se acabarem com aqueles maledetos papelzinhos? È F*!

Eu pego todos os papelzinhos q me oferecem mesmo q eu não leia e jogue na primeira lixeira que encontrar e você????